Estrias são lesões que ocorrem por conta do rompimento de fibras de colágeno e elastina na derme papilar, ou seja, mais superficial. As fibras suportam um certo limite de distensão; uma vez que este limite é atingido, elas se rompem. É em função disso que elas costumam surgir em regiões mais propensas a grandes distensões, como coxas e interior dos braços, onde a movimentação é muito maior.
Muitas de suas pacientes podem não saber disso, mas existem diferentes tipos de estrias – e cada uma delas exige um tipo de tratamento diferente. Você sabe qual procedimento utilizar para cada tipo de estria? Esta é uma das perguntas que nós vamos responder neste texto.
Além disso, também vamos explicar com mais detalhes quais são os tipos de estrias, como identificar cada um e listar os principais tratamentos que podem ser utilizados nesses casos. Continue a leitura e confira!
Quais são os tipos de estrias?
Basicamente, podemos dividir os tipos de estrias em três: vermelhas, roxas e brancas. A principal diferença de uma para as outras está na quantidade de vascularização, isto é, circulação sanguínea, presente na região. Quanto menos sangue circula, a estria fica pior e mais difícil de ser tratada.
Estrias vermelhas são as mais recentes. Adquirem esta coloração porque ainda há sangue circulando no local. Isso indica que o tecido ainda não foi totalmente prejudicado e que o tratamento é mais fácil.
Já as estrias roxas são uma espécie de variação das estrias vermelhas, com praticamente as mesmas características. Como também têm vascularização, podem ser tratadas com certa facilidade.
Por fim, temos as estrias brancas. Esta é uma fase mais avançada, em que a circulação sanguínea é baixa e a pele perde seu poder de regeneração. Aqui, as marcas podem ser superficiais ou profundas – e, quanto mais profunda, mais difícil o tratamento.
Quais são as causas e como identificar cada tipo de estria?
Como citamos na introdução, as estrias surgem em regiões que sofreram grandes distensões. Mas como isso acontece? Existem algumas causas:
- Aumento ou perda repentina de peso, principalmente em casos de ‘efeito sanfona’;
- Crescimento rápido, como vemos muito em adolescentes;
- Gestação;
- Rápido aumento de massa muscular;
- Ressecamento excessivo na pele, causado pela falta de hidratação;
- Predisposição genética;
- Uso de implantes mamários;
- Maus hábitos alimentares.
Quanto à identificação, não há muito segredo: ela é completamente visual, principalmente indicada pela coloração. Depois de identificar o tipo de estria, você já pode passar para a fase do tratamento. Mas, antes disso, ainda há uma última dúvida…
É possível atenuar estrias brancas?
Graças à falta de vascularização e dificuldade de tratamento, há quem pense que as estrias brancas não podem ser tratadas. No entanto, apesar da dificuldade, é possível, sim, atenuar as estrias brancas!
De forma geral, o tratamento para estrias envolve a geração de um processo inflamatório para estimular a circulação. No caso das estrias brancas, é necessário que o processo inflamatório causado seja maior – o que dificulta, mas não impossibilita, o tratamento.
5 opções de tratamentos para estrias
Radiofrequência
A radiofrequência é uma tecnologia que atua com a emissão de correntes elétricas para aquecer a pele. Este aquecimento, então, agita as moléculas da região e gera calor. Entre outros efeitos, a variação de temperatura causada pela radiofrequência estimula a produção de colágeno e a circulação sanguínea.
Essa combinação de fatores é a fórmula perfeita para quadros de estrias, principalmente vermelhas e roxas.
Vacuoterapia
Também chamada de endermoterapia, a vacuoterapia consiste em uma forte massagem realizada por um aparelho específico. Os movimentos com o aplicador, feitos pelo profissional responsável, causam diversos efeitos, incluindo estímulo à circulação.
Como você já viu neste texto, uma maior vascularização é fundamental para combater as estrias – e é exatamente isso que faz a vacuoterapia ser uma ótima alternativa nesses casos, especialmente em estrias vermelhas e roxas.
Peeling de cristal
O peeling de cristal atua com esfoliação. Ele lança cristais de óxido de alumínio que, juntos da pressão negativa do aplicador, fazem a esfoliação. De forma similar ao peeling de diamante, o peeling de cristal é feito com caneta e aparelho específicos. Para entender melhor as diferenças entre os tipos de peeling, você pode conferir este texto.
Assim como na vacuoterapia, é a sucção do aplicador que tem efeitos positivos contra as estrias, agindo na melhora da circulação. Também é muito indicado para estrias vermelhas e roxas. Para as estrias brancas, recomenda-se um outro tipo de peeling: o peeling químico com ácido retinoico.
Microagulhamento
O microagulhamento é um procedimento que consiste em microperfurações da pele com finas agulhas minimamente invasivas. Seus principais objetivos são induzir a produção de colágeno, renovação celular, estímulo da cicatrização da derme e melhora da firmeza e do tom da pele.
A formação de colágeno e elastina promovida pelo microagulhamento favorece as fibras e melhora a aparência das estrias. Apesar de ser mais comum no tratamento de estrias brancas, pode ser usado em todos os tipos de estrias.
Intradermoterapia
Dependendo do profissional, você também verá a intradermoterapia sendo chamada de mesoterapia. É baseada na aplicação de enzimas na pele, seja através de injeção ou caneta pressurizada.
As mesclas que contêm essas enzimas são desenvolvidas para disfunções específicas. As mesclas feitas para estrias trabalham na produção de fibras de colágeno e elastina.
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Agora que você já tem um entendimento maior sobre os tipos de estrias e seus tratamentos, pode oferecer soluções completas e eficazes para entregar grandes resultados para todos os seus clientes.
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