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Quando falamos em procedimentos com jato de plasma, a técnica de fulguração, ou sublimação, é a primeira que vem à mente. Porém, é preciso ter alguns cuidados ao usá-la — especialmente considerando que cada vez mais adeptos têm surgido com o passar dos anos.
Um desses cuidados é evitar que ocorra a carbonização quando o objetivo é a fulguração. O que isso significa? E quais são as consequências desse problema? Este é o assunto que tratamos neste texto.
Dessa forma, você poderá entregar os melhores resultados para suas clientes. Confira!
O que é o jato de plasma?
O plasma é obtido por meio de uma corrente elétrica de alta tensão e se apresenta como uma radiação luminosa. Neste processo, os elétrons se separam dos átomos e formam um gás ionizado, chamado de plasma.
Em contato com o tecido dérmico, essa descarga elétrica é capaz de provocar regeneração, estimulação de colágeno, cicatrização, produção de fibras elásticas, entre outros.
No entanto, a utilização desse quarto estado da matéria exige conhecimento e também prática. Isso porque o uso de forma inadequada pode causar queimaduras indesejadas na pele, além de deixar manchas terríveis.
A técnica de fulguração
Uma das técnicas bastante utilizadas durante o procedimento com jato de plasma é a fulguração. Este método visa causar uma lesão superficial em nível epidérmico, de forma a gerar uma inflamação controlada e alcançar o objetivo esperado.
A fulguração, quando aplicada corretamente, causa a desidratação do tecido que irá retrair e gerar a inflamação e, posteriormente, crostas (casquinhas de cobertura da lesão).
E, por falar em crostas, vale ressaltar que essas devem seguir seu percurso naturalmente, ou seja, não é indicado removê-las e nem utilizar emolientes ou outros recursos para retirá-las.
A fulguração pode ser feita por meio da técnica pontual ou de varredura, como explicaremos adiante.
E o que é carbonização?
Agora, quando falamos de carbonização, estamos falando de uma lesão mais profunda no tecido — diferente da superficial causada pela fulguração.
Falamos aqui de queimadura e de hiperpigmentação ou hipopigmentação (lê-se manchas marrons ou brancas na pele). A carbonização é mais indicada para sinais (nevos, verrugas, entre outros) e não para sublimação.
Mas como aplicar a fulguração sem causar a carbonização do tecido?
Primeiramente, é preciso ressaltar que a técnica de fulguração se aperfeiçoa com o tempo, com a prática e com a observação de como o tecido responde à agressão causada pelo plasma. No entanto, existem estratégias que podem auxiliar a alcançar a perfeição e evitar a carbonização quando ela não é desejada, como:
- Ao realizar a fulguração mantenha uma distância segura da pele da cliente e de forma alguma encoste o aplicador na derme, evitando uma carbonização;
- Observe a resposta do tecido em contato com o plasma e a extensão da lesão causada;
- Atente-se a alcançar a derme superficial e o objetivo do tratamento.
E, por fim, siga também as dicas abaixo sobre as técnicas de fulguração pontual e por varredura.
Aplicação da fulguração pontual e varredura
Para os iniciantes dessa técnica, é indicado utilizar o modo fracionado do seu equipamento, pois, assim, você consegue ter um controle maior da aplicação.
Varredura
Aqui, quanto menor a frequência usada, maior é a duração do pulso. Portanto, a agressão será maior em menores frequências. O recomendado é a utilização de frequências de 10 e cinco hertz (Hz), caso o seu aparelho disponibilize o ajuste de frequência.
Pontual
O modo contínuo é o indicado para a fulguração pontual. O disparo aqui, além de contínuo, depende muito do manuseio do profissional que define a duração de cada ponto. Então, atenção.
Outro detalhe importante no procedimento com jato de plasma é entender sobre as fases da cicatrização e como usá-las ao seu favor em busca de resultados satisfatórios.
As três fases da cicatrização
Além de todos esses detalhes que fazem a diferença nos resultados com o jato de plasma, também é importante entender as fases da cicatrização e orientar a sua cliente em relação aos cuidados após o procedimento.
Fase inflamatória – Dura até sete dias após a lesão
Nessa fase há os sinais típicos da inflamação, como dor, inchaço, edema, calor, leve vermelhidão. Aqui ocorre a coagulação, vasodilatação e começa a ação dos leucócitos, que iniciará o processo de digestão dos micróbios e outras partículas presentes na lesão. Há, ainda, aumento do fluxo sanguíneo na região.
Nesta fase, não deixe de orientar sua cliente a:
- Não utilizar agentes agressivos – sabonetes ácidos, peeling químico, diário, esfoliantes, entre outros;
- Tomar bastante água para manter a hidratação;
- Não manipular a pele e nem usar produtos sem indicação profissional.
Fase proliferativa – De 7 a 21 dias
Nessa fase há produção de mais colágeno e a regeneração tecidual da área lesionada. O processo é acompanhado por uma multiplicação celular, sendo que o local fica avermelhado e com crostas.
Como dissemos anteriormente, não deixe de orientar sua cliente a não remover as crostas, não molhar e não instigar sua remoção com cremes e emolientes.
Fase de maturação ou remodelação – Tem início no terceiro dia e pode durar até seis meses
Na verdade, essa fase pode levar até anos, pois se trata da remodelação tecidual. Aqui a cicatriz fica mais esbranquiçada e ganha força para a reorganização do colágeno. Posteriormente, ganha coloração semelhante ao tom da pele natural em seu entorno.
E aí, entendeu as diferenças entre as técnicas? Aprendeu como evitar uma quando o objetivo é realizar a outra? O blog da Rentalmed é assim: nós estamos sempre trazendo dicas valiosas para que você se especialize ainda mais e entregue os resultados que suas clientes tanto buscam.
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